Para animar as crianças do hospital, o Grupo Freya vai presenteá-los com a peça "O Natal das Bruxas" de Isabel Alçada, dia 14 de Dezembro, pela tarde, no Auditório Ruy de Carvalho.
A peça com 3 maravilhosas Bruxas: Rita Maldita, Rosa Maldosa e Conceição Maldição que brigam sem parar e mesmo assim querem um presentinho de Natal!
Pois vão ter com o Pai Natal para exigir prendas. Será que elas merecem? Será que recebem? Tudo pode acontece com a magia do natal. Até mesmo transformar bruxas más em boazinhas? Ou serão sempre assim!
Veremos! :) Para rir sem parar e deliciar todas as idades!
Esta Associação de Arte e Cultura dá-vos as Boas-Vindas! Sé é amor, loucura ou defeito tentar viver da arte e da cultura, inspirar-nos nela e expirar-vos ela, nós não sabemos. Sabemos apenas que vamos continuar, cada vez com mais arte, cada vez com mais cultura, lutando cada dia para mais e melhor de nós e de vós. Sejam bem-vindos ao nosso, ao vosso espaço. Bem haja! "A arte diz o indizível, exprime o inexprimível, traduz o intraduzível." Leonardo Da Vinci
quarta-feira, 11 de dezembro de 2013
"O Natal das Bruxas" - 14 de Dezembro, Auditório Ruy de Carvalho
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segunda-feira, 9 de dezembro de 2013
Contos Eróticos - 13 de Dezembro de 2013 - Zazou
Dia 13 deste mês de Dezembro, uma sortuda sexta-feira, em Lisboa, no nosso Zazou, vamos fazer uma sessão de contos eróticos, pelas 21h:30. Estão todos convidados! :D
Nesta noite, O Grupo Freya conta com um excerto do livro erótico de Anne Rice, "O despertar da Bela Adormecida", para nos acompanhar durante a sessão. Por esta viagem erótica estabelecida pelo conto, vamos percorrer também a poesia erótica - as palavras a traduzirem o sensual e o sexual e a proporcionarem imagens no nosso imaginário. A junta a isto a música, o ambiente e quiça a dança serão elementos a usar como embelezamento e provocação fantasiosa da nossa libido.
Apareçam, apreciem e, como sempre, convivam e bebam um copinho connosco! A entrada é livre e o espaço acolhedor!
Aqui fica a imagem do nosso cartaz:
E aqui a localização:
https://maps.google.pt/maps?q=zazou+bazar+e+caf%C3%A9&ie=UTF-8&ei=97ylUsyWNYmy7AaQjICICA&ved=0CAoQ_AUoAg
Zazou - Bazar e café - Calçad do Correio Velho 7, Lisboa
Calçada Correio Velho 7, 1100-171 Lisboa
21 888 4277
Nesta noite, O Grupo Freya conta com um excerto do livro erótico de Anne Rice, "O despertar da Bela Adormecida", para nos acompanhar durante a sessão. Por esta viagem erótica estabelecida pelo conto, vamos percorrer também a poesia erótica - as palavras a traduzirem o sensual e o sexual e a proporcionarem imagens no nosso imaginário. A junta a isto a música, o ambiente e quiça a dança serão elementos a usar como embelezamento e provocação fantasiosa da nossa libido.
Apareçam, apreciem e, como sempre, convivam e bebam um copinho connosco! A entrada é livre e o espaço acolhedor!
Aqui fica a imagem do nosso cartaz:
E aqui a localização:
https://maps.google.pt/maps?q=zazou+bazar+e+caf%C3%A9&ie=UTF-8&ei=97ylUsyWNYmy7AaQjICICA&ved=0CAoQ_AUoAg
Zazou - Bazar e café - Calçad do Correio Velho 7, Lisboa
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sábado, 7 de dezembro de 2013
Noite de terror - 3º Espetáculo no Zazou
O Grupo Freya fez a sessão de contos de terror, dia 31 de Outubro, dia de Halloween, num bar alternativo, na Parede e dia 1 de Novembro fez no nosso amigo Zazou.
A sessão passou pelo famoso poema Corvo de Edgar Allan Poe, traduzido por Fernando Pessoa, outros contos do Poe, de Anne Rice e outros escritos por Sérgio, que se introduziu na escrita terrorífica, mais pela necessidade de colmatar a falta de tempo em ler outros autores do horror para percorrerem esta noite connosco.
A nossa Eunice fez uns passinhos performativos simples, simbólicos de terror, de como quem moribunda anda na vida e o Zé bolachas criou uma letra e uma música espetacular, intitulada "tive de engolir tantos sapos", que em breve se nos for possível, colocaremos aqui!
Fazer uma sessão de noite de terror é assustador, literalmente.. pois o público está sempre à espera de algo incrível que meta medo, mas esquecem-se que hoje em dia, com tanto terror no dia a dia e na TV, fica impossível causar medo só pela escrita ou pelo menos um medo parecido. Pode causar entusiasmo em saber a continuação do conto, surpresa, às vezes nojo, mas aquele medo real, de arrepiar é quase impossível. Claro, se a pessoa souber que aquele conto era mesmo verídico e o encarar como uma experiência vivida por alguém, aí sim, dá medo, o pensar que pode acontecer ao próprio ouvinte. Hoje em dia, sabendo já que aquilo é uma história a pessoa já se prepara mentalmente melhor. No caso do filme, há o susto que toda a imagem promove e ver alguém, ainda que a fingir, a viver aquele drama, dá medo.
O objectivo, sendo assim, é deleitar o público com a escrita, com o enredo, com a caracterização das personagens, criar uma linha coerente para que a consigam seguir e, se possível, haver figurinos que chamem a atenção, que cativem e, melhor ainda, se houver dinâmica, se houver uma contracena, dar vida àqueles contos, sem cair no exagero. É difícil mas com trabalho e gosto consegue-se!
No nosso caso, faltou o cativar mais pelo figurino e pela contracena, pelo dar vida. Fizemos uma sessão de contos, contando. Não digo que foi mau, nada disso, o público gostou, houve interesse do público em ouvir, porém sei que ficaria ainda mais giro dar mais vida. Mas ao serem apresentações ora quinzenais, ora semanais, o trabalharmos em mais coisas do que só nestas apresentações, leva-nos a não fazer tudo, tudo tão bem como gostaríamos.
Próximos contos de terror serão melhorados. :)
Deu-nos imenso prazer ler aqueles contos assombrosos e ver o olhar das pessoas atento para não perder qualquer pormenor que decidisse o rumo da história macabra.
https://www.youtube.com/watch?v=uw2dXrnZ4qY
A sessão passou pelo famoso poema Corvo de Edgar Allan Poe, traduzido por Fernando Pessoa, outros contos do Poe, de Anne Rice e outros escritos por Sérgio, que se introduziu na escrita terrorífica, mais pela necessidade de colmatar a falta de tempo em ler outros autores do horror para percorrerem esta noite connosco.A nossa Eunice fez uns passinhos performativos simples, simbólicos de terror, de como quem moribunda anda na vida e o Zé bolachas criou uma letra e uma música espetacular, intitulada "tive de engolir tantos sapos", que em breve se nos for possível, colocaremos aqui!
Fazer uma sessão de noite de terror é assustador, literalmente.. pois o público está sempre à espera de algo incrível que meta medo, mas esquecem-se que hoje em dia, com tanto terror no dia a dia e na TV, fica impossível causar medo só pela escrita ou pelo menos um medo parecido. Pode causar entusiasmo em saber a continuação do conto, surpresa, às vezes nojo, mas aquele medo real, de arrepiar é quase impossível. Claro, se a pessoa souber que aquele conto era mesmo verídico e o encarar como uma experiência vivida por alguém, aí sim, dá medo, o pensar que pode acontecer ao próprio ouvinte. Hoje em dia, sabendo já que aquilo é uma história a pessoa já se prepara mentalmente melhor. No caso do filme, há o susto que toda a imagem promove e ver alguém, ainda que a fingir, a viver aquele drama, dá medo.O objectivo, sendo assim, é deleitar o público com a escrita, com o enredo, com a caracterização das personagens, criar uma linha coerente para que a consigam seguir e, se possível, haver figurinos que chamem a atenção, que cativem e, melhor ainda, se houver dinâmica, se houver uma contracena, dar vida àqueles contos, sem cair no exagero. É difícil mas com trabalho e gosto consegue-se!
No nosso caso, faltou o cativar mais pelo figurino e pela contracena, pelo dar vida. Fizemos uma sessão de contos, contando. Não digo que foi mau, nada disso, o público gostou, houve interesse do público em ouvir, porém sei que ficaria ainda mais giro dar mais vida. Mas ao serem apresentações ora quinzenais, ora semanais, o trabalharmos em mais coisas do que só nestas apresentações, leva-nos a não fazer tudo, tudo tão bem como gostaríamos.
Próximos contos de terror serão melhorados. :)
Deu-nos imenso prazer ler aqueles contos assombrosos e ver o olhar das pessoas atento para não perder qualquer pormenor que decidisse o rumo da história macabra.
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sexta-feira, 6 de dezembro de 2013
Poesia Natural - 2º Espetáculo no Zazou
O segundo espetáculo, no Zazou, foi dia 25 de Outubro pelas 21:30h e teve como título Poesia Natural, tratou-se de uma sessão de poesia dividida em duas partes. A primeira com poemas medievais - cantigas de amigo, amor, escárnio e maldizer. Na segunda parte foi poesia céltica.Tratámos da poesia com música, dança e, claro, com a palavra dita e cantada.
O Rodrigo, guitarrista, tocava, Lígia dizia poesia, Sofia dançava, Eunice ora dizia, ora canta, ora dançava e o Sérgio dizia e cantava.
Vestidos de preto, uma cor neutra, para não dispersar o público do mais importante, de cara branca, como mimos ou actores do tempo de Molière.
Na poesia medieval passámos não só pelos tempos muito recuados de D. Dinis, por exemplo, como também o poema de Ary dos Santos, que Amália Rodrigues eternizou, nós resolvemos cantar também, por se enquadrar com a temática.
Com a poesia céltica, foram a maioria rituais pagãos, uns daqueles tempos (estima-se), outros mais actualizados do novo paganismo.
O título surgiu porque estes temas vinham da genuinidade, do sentimento espontâneo, do sentir profundo, quando foram feitos. E, claro, porque queríamos que o público naturalmente lesse poemas que tínhamos disponíveis no espaço, ou mesmo deles próprios.Mais uma vez, bem recebidos, o público participou. Vale sempre a pena fazer o que se gosta!

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quinta-feira, 5 de dezembro de 2013
Ensaios e apresentações no Grupo Dramático e Escolar - Os Combatentes
Para podermos ensaiar em Lisboa, foi complicado arranjar um espaço que não nos cobrasse dinheiro.
Por sorte, um colega nosso, o André, já tinha actuado no Grupo Dramático e Escolar os Combatentes e, através do seu contacto, conseguimos ensaiar sempre que precisássemos naquele lindo espaço. O pagamento seria somente uma sessão de poesia pontualmente quando ambas as partes quisessem. Nada nos deu maior alegria do que perceber que ainda há quem perceba que a remuneração, o pagamento, a recompensa pode ser com pequenas acções. E se os artistas tantas vezes fazem trabalhos gratuitos, por que não os espaços também deixarem os artistas ensaiar ou apresentar sem cobrarem?
Deixamos aqui o vídeo da nossa primeira sessão de poesia, n' Os Combatentes., dia 26 de Outubro deste ano.
Os adereços usados foram feitos por três colega da Escola António Arroio, uma escola dedicada às artes. Os nossos colegas estudam exactamente a cenografia, figurinos e adereços para os espetáculos. Guilherme Figueiro, Maria Passô e Mafalda.
Neste dia contámos com a participação do Sérgio e Eunice a dizerem os poemas, da Sofia a dançar e do Rodrigo na guitarra. O título da sessão era Lisboa em Nós, poemas ligados a Lisboa, aos sentimentos, mas que depois a poesia puxaria para outros temas, logicamente. Por fim, o público podia ler poemas seus ou de autores que eles gostassem, o Grupo levou inclusive todos os seus livros de poesia para o publico ler, escolher e ler para todos nós. Acompanhados de petiscos e bebidas, a noite passou-se muito bem e transmitiu-nos calma, bem-estar naquele espaço.
Por sorte, um colega nosso, o André, já tinha actuado no Grupo Dramático e Escolar os Combatentes e, através do seu contacto, conseguimos ensaiar sempre que precisássemos naquele lindo espaço. O pagamento seria somente uma sessão de poesia pontualmente quando ambas as partes quisessem. Nada nos deu maior alegria do que perceber que ainda há quem perceba que a remuneração, o pagamento, a recompensa pode ser com pequenas acções. E se os artistas tantas vezes fazem trabalhos gratuitos, por que não os espaços também deixarem os artistas ensaiar ou apresentar sem cobrarem?
Deixamos aqui o vídeo da nossa primeira sessão de poesia, n' Os Combatentes., dia 26 de Outubro deste ano.
Os adereços usados foram feitos por três colega da Escola António Arroio, uma escola dedicada às artes. Os nossos colegas estudam exactamente a cenografia, figurinos e adereços para os espetáculos. Guilherme Figueiro, Maria Passô e Mafalda.
Neste dia contámos com a participação do Sérgio e Eunice a dizerem os poemas, da Sofia a dançar e do Rodrigo na guitarra. O título da sessão era Lisboa em Nós, poemas ligados a Lisboa, aos sentimentos, mas que depois a poesia puxaria para outros temas, logicamente. Por fim, o público podia ler poemas seus ou de autores que eles gostassem, o Grupo levou inclusive todos os seus livros de poesia para o publico ler, escolher e ler para todos nós. Acompanhados de petiscos e bebidas, a noite passou-se muito bem e transmitiu-nos calma, bem-estar naquele espaço.
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quarta-feira, 4 de dezembro de 2013
E mais um copinho - vídeos.
Aqui estão os vídeos do "E mais um copinho", primeiro espetáculo no Zazou. Esperemos que gostem!
http://www.youtube.com/watch?v=yVkNrlsZxgU
http://www.youtube.com/watch?v=if8jPNN_m3U
http://www.youtube.com/watch?v=yVkNrlsZxgU
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Teatro no Zazou - 1º Espetáculo
Durante o Verão, tentámos fazer contactos para vários locais, desde bares, cafés, a escolas, teatros, auditórios, etc...
Um desses contactos bem-sucedidos foi o Bazar & Café Zazou, na Calçada do Correio, nº7, perto da Sé de Lisboa. Esse Café gostava que o nosso grupo apresentasse quinzenalmente, a partir de Outubro, vários eventos artísticos e culturais. Desde teatro, a contos, poesia, música, dança, de tudo um pouco. Apesar de ficarmos à mercê da quantidade e generosidade do público,este espaço tem servido para apresentar os eventos, angariar público, praticar e, sobretudo, filmar e fotografar para editar e, por fim, publicar na Internet o nosso trabalho. Bem sabemos como a nossa carreira, nesta área, vive sobretudo do Marketing, da divulgação, do espalhar a palavra, da imagem e dos meus de comunicação.
O primeiro evento que o Zazou pediu, para "abrir em grande", citando a D. Teresa, dona do estabelecimento, foi a peça já apresentada em Alfama, como escrito anteriormente, "E mais um copinho". Mudámos os actores, alterarmos algumas partes e acrescentámos outras. De um modo geral, a peça ficou mais curta, não só pelo tempo pedido de duração ser menor, como também o espaço não dava aso a certas cenas que em Alfama, em frente ao miradouro de S. Estevão, portanto ao ar livre, dava para fazer.
No primeiro dia a sala estava cheia, a remuneração foi boa e divertimo-nos imenso a fazer aquele trabalho. O contacto com o público é essencial e permite-nos uma maior liberdade e capacidade/ possibilidade de improvisação.
A primeira cena era um espantalho humano: Eunice como cabeça e o Miguel como braços, tronco e pernas. Escondido estava o Sérgio a cantar o fado Oiça lá, ó senhor vinho e boca da Eunice e os braços do Miguel mexiam-se, como se os braços e a voz fossem da Eunice.
A segunda cena foi o Sérgio, vestido de mulher, a fazer a rábula da Olívia Patroa e Olívia Costureira, rábula imortalizada pela actriz Ivone Silva. A personagem era patroa e empregada de si mesma e retratava humoristicamente as lutas entre empregados e patrões após a queda da ditadura, em Portugal.
Na terceira cena, Eunice e Miguel fazem um casal de mendigos bêbados, o Agostinho e a Agostinha (outra rábula imortal, conhecida pelo público mais velho e feita por Ivone Silva e Camilo de Oliveira). Cantando e rindo, maldiziam a crise que o país enfrentava (e enfrenta!).
De seguida, uma cena retirada da adaptação para teatro, do livro Os Possessos de Albert Camus, onde dois russos criticam a falta de interesse pela cultura e falta de vontade em trabalhar para a mesma. Esta cena foi feita por Sérgio e Eunice e já tinha sido introduzido no peça do Grupo, chamada Camoscas, que mais à frente falaremos, apesar de ser mais antiga.
Depois do intervalo, entraram quatro mulheres por todos conhecidas: Hermínia Silva (Eunice), Amália Rodrigues (Sérgio), Mariz (Miguel) e Kátia Guerreiro (Lígia). Quatro fadistas conhecidas, cada uma com o seu estilo e com a sua maneira de cantar, tão própria e tão boa para caricaturar teatralmente. Hermínia com todo o seu jeito brincalhão, corajoso, revisteiro, gingão. Amália, com a sua voz que tanto mudou ao logo do tempo, os seus braços abertos, a sua cabeça descaída para trás abanando e agradecendo. Mariza com o seu timbre único e a sua postura curvada para a frente e de queixo também avançado. E, por fim, Kátia Guerreiro, os seus dedos tão expressivos e a sua boca sempre mais torta para um dos lados . Todas marcam e triunfam na história do fado e foi uma maneira engraçada de as lembrarmos, com frases das mesmas, com diálogos que podiam ter acontecido entre elas e com alguns fados conhecidos, adulterando apenas a letra, para que se tornasse engraçado, algo que por norma é triste.
No fim, todos tirámos as perucas e os sapatos e cantámos o fado "Casa Portuguesa".
Foi uma noite bastante animada, onde todas as rábulas falavam de vinho e convidavam o público a beber, já que o café serve bebidas ao longo dos espectáculos.
Possam vocês um dia vir ver-nos que com certeza nos vamos todos divertir muito! :)

Um desses contactos bem-sucedidos foi o Bazar & Café Zazou, na Calçada do Correio, nº7, perto da Sé de Lisboa. Esse Café gostava que o nosso grupo apresentasse quinzenalmente, a partir de Outubro, vários eventos artísticos e culturais. Desde teatro, a contos, poesia, música, dança, de tudo um pouco. Apesar de ficarmos à mercê da quantidade e generosidade do público,este espaço tem servido para apresentar os eventos, angariar público, praticar e, sobretudo, filmar e fotografar para editar e, por fim, publicar na Internet o nosso trabalho. Bem sabemos como a nossa carreira, nesta área, vive sobretudo do Marketing, da divulgação, do espalhar a palavra, da imagem e dos meus de comunicação.
O primeiro evento que o Zazou pediu, para "abrir em grande", citando a D. Teresa, dona do estabelecimento, foi a peça já apresentada em Alfama, como escrito anteriormente, "E mais um copinho". Mudámos os actores, alterarmos algumas partes e acrescentámos outras. De um modo geral, a peça ficou mais curta, não só pelo tempo pedido de duração ser menor, como também o espaço não dava aso a certas cenas que em Alfama, em frente ao miradouro de S. Estevão, portanto ao ar livre, dava para fazer.
No primeiro dia a sala estava cheia, a remuneração foi boa e divertimo-nos imenso a fazer aquele trabalho. O contacto com o público é essencial e permite-nos uma maior liberdade e capacidade/ possibilidade de improvisação.
A primeira cena era um espantalho humano: Eunice como cabeça e o Miguel como braços, tronco e pernas. Escondido estava o Sérgio a cantar o fado Oiça lá, ó senhor vinho e boca da Eunice e os braços do Miguel mexiam-se, como se os braços e a voz fossem da Eunice.
A segunda cena foi o Sérgio, vestido de mulher, a fazer a rábula da Olívia Patroa e Olívia Costureira, rábula imortalizada pela actriz Ivone Silva. A personagem era patroa e empregada de si mesma e retratava humoristicamente as lutas entre empregados e patrões após a queda da ditadura, em Portugal.
Na terceira cena, Eunice e Miguel fazem um casal de mendigos bêbados, o Agostinho e a Agostinha (outra rábula imortal, conhecida pelo público mais velho e feita por Ivone Silva e Camilo de Oliveira). Cantando e rindo, maldiziam a crise que o país enfrentava (e enfrenta!).
De seguida, uma cena retirada da adaptação para teatro, do livro Os Possessos de Albert Camus, onde dois russos criticam a falta de interesse pela cultura e falta de vontade em trabalhar para a mesma. Esta cena foi feita por Sérgio e Eunice e já tinha sido introduzido no peça do Grupo, chamada Camoscas, que mais à frente falaremos, apesar de ser mais antiga.Depois do intervalo, entraram quatro mulheres por todos conhecidas: Hermínia Silva (Eunice), Amália Rodrigues (Sérgio), Mariz (Miguel) e Kátia Guerreiro (Lígia). Quatro fadistas conhecidas, cada uma com o seu estilo e com a sua maneira de cantar, tão própria e tão boa para caricaturar teatralmente. Hermínia com todo o seu jeito brincalhão, corajoso, revisteiro, gingão. Amália, com a sua voz que tanto mudou ao logo do tempo, os seus braços abertos, a sua cabeça descaída para trás abanando e agradecendo. Mariza com o seu timbre único e a sua postura curvada para a frente e de queixo também avançado. E, por fim, Kátia Guerreiro, os seus dedos tão expressivos e a sua boca sempre mais torta para um dos lados . Todas marcam e triunfam na história do fado e foi uma maneira engraçada de as lembrarmos, com frases das mesmas, com diálogos que podiam ter acontecido entre elas e com alguns fados conhecidos, adulterando apenas a letra, para que se tornasse engraçado, algo que por norma é triste.
No fim, todos tirámos as perucas e os sapatos e cantámos o fado "Casa Portuguesa".Foi uma noite bastante animada, onde todas as rábulas falavam de vinho e convidavam o público a beber, já que o café serve bebidas ao longo dos espectáculos.
Possam vocês um dia vir ver-nos que com certeza nos vamos todos divertir muito! :)

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terça-feira, 3 de dezembro de 2013
Hino a Pã - Paris
Aqui ficam dois video-audio do que fizemos em Paris.
Em ambos os vídeos é o Sérgio. No primeiro ele diz o Manifesto Anti-Dantas de Almada Negreiros. Apesar do seu tom de revolta, há muito tom de gozo ali, o imitar vozezinhas, o ironizar a falar. Não tem a mesma intenção com que originalmente foi escrito e dito, título de revolta contra o estado da cultura e da arte, mas tem sim (acrescentando a essa intenção) o ironizar a maneira de dizer de certas épocas ou de certos actores.
Em suma, Sérgio critica o estado da cultura e arte, mas também, em algumas partes, gosta de criticar a maneira como muitos "recitam".
Num segundo audio, é o poema é o Hino a Pã de Aleister Crowley, traduzido por Fernando Pessoa. Já aqui publicado e falado sobre ele
Aproveito para voltar a incentivar a pesquisares sobre estes videos e os autores. :)
Em ambos os vídeos é o Sérgio. No primeiro ele diz o Manifesto Anti-Dantas de Almada Negreiros. Apesar do seu tom de revolta, há muito tom de gozo ali, o imitar vozezinhas, o ironizar a falar. Não tem a mesma intenção com que originalmente foi escrito e dito, título de revolta contra o estado da cultura e da arte, mas tem sim (acrescentando a essa intenção) o ironizar a maneira de dizer de certas épocas ou de certos actores.
Em suma, Sérgio critica o estado da cultura e arte, mas também, em algumas partes, gosta de criticar a maneira como muitos "recitam".
Num segundo audio, é o poema é o Hino a Pã de Aleister Crowley, traduzido por Fernando Pessoa. Já aqui publicado e falado sobre ele
Aproveito para voltar a incentivar a pesquisares sobre estes videos e os autores. :)
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domingo, 1 de dezembro de 2013
"Lisboa, menina e moça!"
Chegámos a Lisboa... O primeiro sentimento, além da ansiedade, é o sentimento de ter o mundo à nossa espera, à nossa frente. Sabíamos que havia muito trabalho a ser feito, mas tínhamos de arregaçar as mangas e trabalhar!
Em primeiro lugar, havia a necessidade de ter algum part-time, que fosse sempre do nosso agrado (temos o péssimo hábito de que se é para trabalhar então que seja em algo que gostemos). Esse part-time servia para juntarmos dinheiro e investirmos no grupo, enquanto não tínhamos apresentações, pois em Lisboa a oferta era muita e a procura pouca, por vezes.
O Sérgio conseguiu logo ir dar aulas de Português (o seu enorme gosto, experiência e uma outra formação dele) a alunos do 3º ciclo, em Arruda dos Vinhos, uma vila a 90 minutos de Lisboa. A Eunice conseguiu ficar a dar aulas de música na mesma vila.
Apesar de trabalharmos lá, houve a decisão de arranjar casa em Lisboa para ficarmos no centro dos acontecimentos e avançarmos com o grupo.
A par do part-time, procurámos actores para começarmos a trabalhar em projectos e vender esses projectos. Em Março chegámos, arranjámos trabaho, em Abril começámos os ensaios com os actores. Todos os dias estavam preenchidos. Começámos a fazer contactos e em Maio a Junta de Freguesia de Alfama - S. Estevão pediu-nos dois espestáculos: um para o Dia da Criança e outro para o Dia do Vizinho.
Para o Dia da criança foi requerido pinturas faciais, modelagem de balões, contar histórias e jogos. E assim o fizemos. O André pintava as caras das crianças com os mais divertidos bonecos que pediam, o Miguel fazia jogos e animava-as, Eunice modelava balões e cantava e dançava com eles e o Sérgio contava histórias, rodeado de crianças a pedirem mais e mais livros para ler.
Usámos figurinos engraçados: André de pirata, Miguel de anão (o Miguel é enorme!), a Eunice como palhaço e o Sérgio como Napoleão Bonaparte. Foi sem dúvida uma mistura de Carnaval e de Dia da Criança, mas todos adoraram porque ser criança tem mesmo de ser essa eterna festa de máscaras e de Carnaval. Todas as escolas primárias daquela zona estiveram connosco numa manhã de alegria!

O dia do vizinho foi nessa tarde. A Junta de Freguesia pediu-nos um projecto chamado "E mais um Copinho". Quatro atores acompanhados por música ao vivo, ou não,
dão corpo e voz às várias rábulas conhecidas pelo público, onde prestam
homenagem a artistas como Ivone Silva, Camilo de Oliveira, Hermínia Silva,
entre outros. Onde o fado, o teatro, um pouco do repertório
dos Bonecos de Santo Aleixo, a crítica e o tema “o vinho” (em virtude do
Deus Baco) acontecem. Não é a típica revista à portuguesa com plumas, quadros
rígidos e tanto mais. Apenas se trata de rábulas divisíveis, sem grandes
cenários. A mudança de figurino, a mudança do timbre da voz e da postura
corporal chegam para transmitir mensagens e risos ao público.
Foram 50 belos minutos. A Eunice fez de Olívia patroa/ costureira, Agostinha, Hermínia Silva e fez o som de vários animais na rábula dos Bonecos de Santo Aleixo. O Miguel fez de Mariza, Adão e Agostinho. O André de Júlia Galdéria e Kátia Guerreiro e o Sérgio fez a rábula do Cubo (feita originalmente pela Ivone Silva), o fadista da Júlia Galdéria, a Velha dos Bonecos de Santo Aleixo e de Amália Rodrigues.
A diversidade das roupas, os risos do público, as palmas, o mudar de voz, a maquilhagem, os improvisos, foi algo maravilhoso.
O nosso grupo naquela altura tinha preparado algo sobre a história do Jazz, contos infantis, sessão de poesia, esta peça das rábulas, uma comédia grega e stand up comedy e outras que a memória agora não lembra de cor.
Foi a nossa primeira actuação em Lisboa e não podia ter sido melhor: pelo público, zona, pela simpatia de todos e pela remuneração obtida, valeu muito a pena.

Animação sem parar! :D
https://www.facebook.com/freya.grupo
Em primeiro lugar, havia a necessidade de ter algum part-time, que fosse sempre do nosso agrado (temos o péssimo hábito de que se é para trabalhar então que seja em algo que gostemos). Esse part-time servia para juntarmos dinheiro e investirmos no grupo, enquanto não tínhamos apresentações, pois em Lisboa a oferta era muita e a procura pouca, por vezes.
O Sérgio conseguiu logo ir dar aulas de Português (o seu enorme gosto, experiência e uma outra formação dele) a alunos do 3º ciclo, em Arruda dos Vinhos, uma vila a 90 minutos de Lisboa. A Eunice conseguiu ficar a dar aulas de música na mesma vila.
Apesar de trabalharmos lá, houve a decisão de arranjar casa em Lisboa para ficarmos no centro dos acontecimentos e avançarmos com o grupo.
A par do part-time, procurámos actores para começarmos a trabalhar em projectos e vender esses projectos. Em Março chegámos, arranjámos trabaho, em Abril começámos os ensaios com os actores. Todos os dias estavam preenchidos. Começámos a fazer contactos e em Maio a Junta de Freguesia de Alfama - S. Estevão pediu-nos dois espestáculos: um para o Dia da Criança e outro para o Dia do Vizinho.
Para o Dia da criança foi requerido pinturas faciais, modelagem de balões, contar histórias e jogos. E assim o fizemos. O André pintava as caras das crianças com os mais divertidos bonecos que pediam, o Miguel fazia jogos e animava-as, Eunice modelava balões e cantava e dançava com eles e o Sérgio contava histórias, rodeado de crianças a pedirem mais e mais livros para ler.
Usámos figurinos engraçados: André de pirata, Miguel de anão (o Miguel é enorme!), a Eunice como palhaço e o Sérgio como Napoleão Bonaparte. Foi sem dúvida uma mistura de Carnaval e de Dia da Criança, mas todos adoraram porque ser criança tem mesmo de ser essa eterna festa de máscaras e de Carnaval. Todas as escolas primárias daquela zona estiveram connosco numa manhã de alegria!
O dia do vizinho foi nessa tarde. A Junta de Freguesia pediu-nos um projecto chamado "E mais um Copinho". Quatro atores acompanhados por música ao vivo, ou não,
dão corpo e voz às várias rábulas conhecidas pelo público, onde prestam
homenagem a artistas como Ivone Silva, Camilo de Oliveira, Hermínia Silva,
entre outros. Onde o fado, o teatro, um pouco do repertório
dos Bonecos de Santo Aleixo, a crítica e o tema “o vinho” (em virtude do
Deus Baco) acontecem. Não é a típica revista à portuguesa com plumas, quadros
rígidos e tanto mais. Apenas se trata de rábulas divisíveis, sem grandes
cenários. A mudança de figurino, a mudança do timbre da voz e da postura
corporal chegam para transmitir mensagens e risos ao público.
Foram 50 belos minutos. A Eunice fez de Olívia patroa/ costureira, Agostinha, Hermínia Silva e fez o som de vários animais na rábula dos Bonecos de Santo Aleixo. O Miguel fez de Mariza, Adão e Agostinho. O André de Júlia Galdéria e Kátia Guerreiro e o Sérgio fez a rábula do Cubo (feita originalmente pela Ivone Silva), o fadista da Júlia Galdéria, a Velha dos Bonecos de Santo Aleixo e de Amália Rodrigues.
A diversidade das roupas, os risos do público, as palmas, o mudar de voz, a maquilhagem, os improvisos, foi algo maravilhoso. O nosso grupo naquela altura tinha preparado algo sobre a história do Jazz, contos infantis, sessão de poesia, esta peça das rábulas, uma comédia grega e stand up comedy e outras que a memória agora não lembra de cor.
Foi a nossa primeira actuação em Lisboa e não podia ter sido melhor: pelo público, zona, pela simpatia de todos e pela remuneração obtida, valeu muito a pena.
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| Fados no intervalo |
Animação sem parar! :D
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Aujourd'hui, mes amis, Paris!
Como prometido, hoje falaremos sobre a nossa estadia em Paris.
A ida a Paris ocorreu por diversos motivos: em Évora as coisas não estavam a correr bem, para quem acredita, parece que o mundo estava a enviar sinais cada vez mais fortes para irmos embora. A nossa colega do Grupo Freya, que também fez grupo connosco no projecto de fim de semestre abandonou-nos 4 dias antes da estreia na faculdade com esse mesmo projecto de semestre, sem falar connosco; tínhamos um enorme projecto para concretizar - explorar um café em Évora, fazendo daquilo também um espaço para espetáculos, não deu certo devido a burocracias e devido à velhice da senhoria; e além de estarmos cansados da rotina, de alguns problemas com o curso e com algumas pessoas de lá, tínhamos falta de dinheiro e em Évora não dava para ganhar na nossa área tão bem como desejávamos (já se tinham passado 2 anos após a formação do grupo).
Por todas essas razões e com a infelicidade que sentíamos resolvemos mudar de vida, cortar as amarras do passado. Queríamos vir para Lisboa, começar a trabalhar mais, a investir mais e a aprender outras coisas que Évora não ensinava.
Antes da mudança lisboeta, precisávamos de sentir algo de muito diferente, um extremo oposto daquilo que vivíamos. Descansar, aproveitar, conhecer, arriscar. A ideia surgiu de voar até Paris, sem saber quanto tempo ficar.
Tratou-se de tudo, pedimos dicas a uma ex-professora e amiga do Sérgio, dos tempos da escola secundária e lá fomos nós.
O Sérgio estava nervosíssimo, nunca tinha andado de avião! A Eunice estava entusiasmada (tão entusiasmada que até dormiu na viagem!) Tudo correu bem e tudo correu como era esperado correr, inclusive o taxista chinês ter-nos cobrado 65 euros do aeroporto até ao hotel.
Ficámos hospedados numa zona de estudantes, onde tudo é mais barato. Conseguíamos refeições até mais baratas que em Évora. E livros..... 0,25 cêntimos... (não eram novos, mas estavam em maravilhoso estado), DVD'S a 3 euros (originais, novinhos), em cada esquina um cinema com a sua temática, teatros, monumentos (aqueles que todos já conhecemos de ouvir e mais e mais).
Podia aqui falar de muitas maravilhas, mas o tema não é esse, mas referi-las não custa: a simpatia das pessoas, a energia nos espaços verdes, as músicas francesas que nós não ouvimos por aqui, as casas e prédios de uma pedra linda, os seus telhados. Tudo parecia mais vivo e entendo perfeitamente que o facto de se ser turista exponencia tudo e nos leva a ver o paraíso, onde para os habitantes de lá deve ser um caos. Claro que também existem stress, poluição e tudo o que de mau há nas grandes cidades, mas uma pessoa de fora tende a olhar para o melhor.
O que fazer para não falir e ganhar algum dinheiro? Aposto que todos os nossos leitores têm interesse nesta resposta, mas vos garanto que foram golpes de sorte amigos, não há aqui só talento, não aqui contactos, não aqui empenho ou luta, há sim sorte ou, para quem acredita, destino. Experimentámos cantar na rua - deu certo. fado na rua, franceses na rua, dinheiro no chapéu. poesia nos jardins - certíssimo. poesia em várias línguas, um pouco de flauta e franceses nos jardins - dinheiro no chapéu. Fizemos também algumas mini-cenas, diálogos de teatro nesses jardins e praças, conseguimos fazer algumas coisas também para emigrantes portugueses e ainda algumas actuações num cafezinho (que se calhar, indo lá de novo, já não sabemos onde fica). Mas sempre, sempre havia público e havia dinheiro, o que nos aliviou a alma por compreender que o público ir ver-nos e dar-nos dinheiro só acontece em determinados sítios e que o mal talvez não estivesse em nós (ou só em nós), mas sim em Évora.
Aqui o difícil era inovar em pouco tempo, ensaiar bem em pouco tempo, pois fomos para lá sem nada preparado e tínhamos, ou queríamos, apresentar todos os dias algo novo. Havia actuações que não foram das melhores devido à falta de tempo e também aos pouco materiais ou quase até inexistentes. Mas em geral todos gostaram e nós adorámos, correu tudo bem, numa média final.
Um mal que já está a ser curado (e este blog é uma das provas disso) é o descuido em divulgar, registar, filmar e fotografar, temos sidos desleixados porque temos deixado tudo correr e apahado as oportunidades e Paris não foi excepção.
Temos recebido algumas filmagens caseiras de certos portugueses que nos viram e temos tentado editá-las e publicá-las.
Passaram-se lá quase 3 semanas, uma experiência óptima, algum dinheiro no bolso, mas a vida tinha de continuar. Aquela sensação que o tempo parou, mas não parou, apenas estamos parados, no hotel a ganhar dinheiro para nos manter e juntar algum, mas sentimos e sabemos que não podemos continuar assim porque não estávamos a evoluir, nem a aprender nada. Decidimos ir a Évora buscar tudo e ir investir no Grupo Freya para Lisboa. Era um risco que tínhamos de correr e ainda bem que o fizemos, sentimos que tudo estava a acontecer no jeito certo. E aqui chegámos em Março deste ano, em vez de ser com "uma mão à frente e outra atrás" era com muitas malas à frente e muitas malas atrás.
Paris ficou para lá do avião, mas não esquecida, queremos lá voltar, quiça ficar mais tempo. Veremos o que acontece no futuro. ;)
Vamos começar a deixar em cada post nosso o nosso link do facebook do nosso Grupo, para se atualizarem e falarem mais directamente connosco! Até amanhã! https://www.facebook.com/freya.grupo
A ida a Paris ocorreu por diversos motivos: em Évora as coisas não estavam a correr bem, para quem acredita, parece que o mundo estava a enviar sinais cada vez mais fortes para irmos embora. A nossa colega do Grupo Freya, que também fez grupo connosco no projecto de fim de semestre abandonou-nos 4 dias antes da estreia na faculdade com esse mesmo projecto de semestre, sem falar connosco; tínhamos um enorme projecto para concretizar - explorar um café em Évora, fazendo daquilo também um espaço para espetáculos, não deu certo devido a burocracias e devido à velhice da senhoria; e além de estarmos cansados da rotina, de alguns problemas com o curso e com algumas pessoas de lá, tínhamos falta de dinheiro e em Évora não dava para ganhar na nossa área tão bem como desejávamos (já se tinham passado 2 anos após a formação do grupo).
Por todas essas razões e com a infelicidade que sentíamos resolvemos mudar de vida, cortar as amarras do passado. Queríamos vir para Lisboa, começar a trabalhar mais, a investir mais e a aprender outras coisas que Évora não ensinava.
| Passear e estudar áreas de actuação. Sérgio com o seu antigo cabelo branco. |
Tratou-se de tudo, pedimos dicas a uma ex-professora e amiga do Sérgio, dos tempos da escola secundária e lá fomos nós.
O Sérgio estava nervosíssimo, nunca tinha andado de avião! A Eunice estava entusiasmada (tão entusiasmada que até dormiu na viagem!) Tudo correu bem e tudo correu como era esperado correr, inclusive o taxista chinês ter-nos cobrado 65 euros do aeroporto até ao hotel.
Ficámos hospedados numa zona de estudantes, onde tudo é mais barato. Conseguíamos refeições até mais baratas que em Évora. E livros..... 0,25 cêntimos... (não eram novos, mas estavam em maravilhoso estado), DVD'S a 3 euros (originais, novinhos), em cada esquina um cinema com a sua temática, teatros, monumentos (aqueles que todos já conhecemos de ouvir e mais e mais).
Podia aqui falar de muitas maravilhas, mas o tema não é esse, mas referi-las não custa: a simpatia das pessoas, a energia nos espaços verdes, as músicas francesas que nós não ouvimos por aqui, as casas e prédios de uma pedra linda, os seus telhados. Tudo parecia mais vivo e entendo perfeitamente que o facto de se ser turista exponencia tudo e nos leva a ver o paraíso, onde para os habitantes de lá deve ser um caos. Claro que também existem stress, poluição e tudo o que de mau há nas grandes cidades, mas uma pessoa de fora tende a olhar para o melhor.
| 1º jardim onde cantámos, que frio! Sophie. |
Aqui o difícil era inovar em pouco tempo, ensaiar bem em pouco tempo, pois fomos para lá sem nada preparado e tínhamos, ou queríamos, apresentar todos os dias algo novo. Havia actuações que não foram das melhores devido à falta de tempo e também aos pouco materiais ou quase até inexistentes. Mas em geral todos gostaram e nós adorámos, correu tudo bem, numa média final.
Um mal que já está a ser curado (e este blog é uma das provas disso) é o descuido em divulgar, registar, filmar e fotografar, temos sidos desleixados porque temos deixado tudo correr e apahado as oportunidades e Paris não foi excepção.
Temos recebido algumas filmagens caseiras de certos portugueses que nos viram e temos tentado editá-las e publicá-las.
Passaram-se lá quase 3 semanas, uma experiência óptima, algum dinheiro no bolso, mas a vida tinha de continuar. Aquela sensação que o tempo parou, mas não parou, apenas estamos parados, no hotel a ganhar dinheiro para nos manter e juntar algum, mas sentimos e sabemos que não podemos continuar assim porque não estávamos a evoluir, nem a aprender nada. Decidimos ir a Évora buscar tudo e ir investir no Grupo Freya para Lisboa. Era um risco que tínhamos de correr e ainda bem que o fizemos, sentimos que tudo estava a acontecer no jeito certo. E aqui chegámos em Março deste ano, em vez de ser com "uma mão à frente e outra atrás" era com muitas malas à frente e muitas malas atrás.
Paris ficou para lá do avião, mas não esquecida, queremos lá voltar, quiça ficar mais tempo. Veremos o que acontece no futuro. ;)
Hino a Pã, de Aleister Crowley, traduzido por Fernando Pessoa. Sérgio diz este poema como um ritual que vai crescendo. Começa como murmúrios e segredos e acaba como uma exortação ao deus Pã. Pesquisem sobre Pã e claro sobre o autor, um grande mestre do ocultismo e da metafísica.
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