Chegámos a Lisboa... O primeiro sentimento, além da ansiedade, é o sentimento de ter o mundo à nossa espera, à nossa frente. Sabíamos que havia muito trabalho a ser feito, mas tínhamos de arregaçar as mangas e trabalhar!
Em primeiro lugar, havia a necessidade de ter algum part-time, que fosse sempre do nosso agrado (temos o péssimo hábito de que se é para trabalhar então que seja em algo que gostemos). Esse part-time servia para juntarmos dinheiro e investirmos no grupo, enquanto não tínhamos apresentações, pois em Lisboa a oferta era muita e a procura pouca, por vezes.
O Sérgio conseguiu logo ir dar aulas de Português (o seu enorme gosto, experiência e uma outra formação dele) a alunos do 3º ciclo, em Arruda dos Vinhos, uma vila a 90 minutos de Lisboa. A Eunice conseguiu ficar a dar aulas de música na mesma vila.
Apesar de trabalharmos lá, houve a decisão de arranjar casa em Lisboa para ficarmos no centro dos acontecimentos e avançarmos com o grupo.
A par do part-time, procurámos actores para começarmos a trabalhar em projectos e vender esses projectos. Em Março chegámos, arranjámos trabaho, em Abril começámos os ensaios com os actores. Todos os dias estavam preenchidos. Começámos a fazer contactos e em Maio a Junta de Freguesia de Alfama - S. Estevão pediu-nos dois espestáculos: um para o Dia da Criança e outro para o Dia do Vizinho.
Para o Dia da criança foi requerido pinturas faciais, modelagem de balões, contar histórias e jogos. E assim o fizemos. O André pintava as caras das crianças com os mais divertidos bonecos que pediam, o Miguel fazia jogos e animava-as, Eunice modelava balões e cantava e dançava com eles e o Sérgio contava histórias, rodeado de crianças a pedirem mais e mais livros para ler.
Usámos figurinos engraçados: André de pirata, Miguel de anão (o Miguel é enorme!), a Eunice como palhaço e o Sérgio como Napoleão Bonaparte. Foi sem dúvida uma mistura de Carnaval e de Dia da Criança, mas todos adoraram porque ser criança tem mesmo de ser essa eterna festa de máscaras e de Carnaval. Todas as escolas primárias daquela zona estiveram connosco numa manhã de alegria!

O dia do vizinho foi nessa tarde. A Junta de Freguesia pediu-nos um projecto chamado "E mais um Copinho". Quatro atores acompanhados por música ao vivo, ou não,
dão corpo e voz às várias rábulas conhecidas pelo público, onde prestam
homenagem a artistas como Ivone Silva, Camilo de Oliveira, Hermínia Silva,
entre outros. Onde o fado, o teatro, um pouco do repertório
dos Bonecos de Santo Aleixo, a crítica e o tema “o vinho” (em virtude do
Deus Baco) acontecem. Não é a típica revista à portuguesa com plumas, quadros
rígidos e tanto mais. Apenas se trata de rábulas divisíveis, sem grandes
cenários. A mudança de figurino, a mudança do timbre da voz e da postura
corporal chegam para transmitir mensagens e risos ao público.
Foram 50 belos minutos. A Eunice fez de Olívia patroa/ costureira, Agostinha, Hermínia Silva e fez o som de vários animais na rábula dos Bonecos de Santo Aleixo. O Miguel fez de Mariza, Adão e Agostinho. O André de Júlia Galdéria e Kátia Guerreiro e o Sérgio fez a rábula do Cubo (feita originalmente pela Ivone Silva), o fadista da Júlia Galdéria, a Velha dos Bonecos de Santo Aleixo e de Amália Rodrigues.
A diversidade das roupas, os risos do público, as palmas, o mudar de voz, a maquilhagem, os improvisos, foi algo maravilhoso.
O nosso grupo naquela altura tinha preparado algo sobre a história do Jazz, contos infantis, sessão de poesia, esta peça das rábulas, uma comédia grega e stand up comedy e outras que a memória agora não lembra de cor.
Foi a nossa primeira actuação em Lisboa e não podia ter sido melhor: pelo público, zona, pela simpatia de todos e pela remuneração obtida, valeu muito a pena.

Animação sem parar! :D
https://www.facebook.com/freya.grupo
Em primeiro lugar, havia a necessidade de ter algum part-time, que fosse sempre do nosso agrado (temos o péssimo hábito de que se é para trabalhar então que seja em algo que gostemos). Esse part-time servia para juntarmos dinheiro e investirmos no grupo, enquanto não tínhamos apresentações, pois em Lisboa a oferta era muita e a procura pouca, por vezes.
O Sérgio conseguiu logo ir dar aulas de Português (o seu enorme gosto, experiência e uma outra formação dele) a alunos do 3º ciclo, em Arruda dos Vinhos, uma vila a 90 minutos de Lisboa. A Eunice conseguiu ficar a dar aulas de música na mesma vila.
Apesar de trabalharmos lá, houve a decisão de arranjar casa em Lisboa para ficarmos no centro dos acontecimentos e avançarmos com o grupo.
A par do part-time, procurámos actores para começarmos a trabalhar em projectos e vender esses projectos. Em Março chegámos, arranjámos trabaho, em Abril começámos os ensaios com os actores. Todos os dias estavam preenchidos. Começámos a fazer contactos e em Maio a Junta de Freguesia de Alfama - S. Estevão pediu-nos dois espestáculos: um para o Dia da Criança e outro para o Dia do Vizinho.
Para o Dia da criança foi requerido pinturas faciais, modelagem de balões, contar histórias e jogos. E assim o fizemos. O André pintava as caras das crianças com os mais divertidos bonecos que pediam, o Miguel fazia jogos e animava-as, Eunice modelava balões e cantava e dançava com eles e o Sérgio contava histórias, rodeado de crianças a pedirem mais e mais livros para ler.
Usámos figurinos engraçados: André de pirata, Miguel de anão (o Miguel é enorme!), a Eunice como palhaço e o Sérgio como Napoleão Bonaparte. Foi sem dúvida uma mistura de Carnaval e de Dia da Criança, mas todos adoraram porque ser criança tem mesmo de ser essa eterna festa de máscaras e de Carnaval. Todas as escolas primárias daquela zona estiveram connosco numa manhã de alegria!
O dia do vizinho foi nessa tarde. A Junta de Freguesia pediu-nos um projecto chamado "E mais um Copinho". Quatro atores acompanhados por música ao vivo, ou não,
dão corpo e voz às várias rábulas conhecidas pelo público, onde prestam
homenagem a artistas como Ivone Silva, Camilo de Oliveira, Hermínia Silva,
entre outros. Onde o fado, o teatro, um pouco do repertório
dos Bonecos de Santo Aleixo, a crítica e o tema “o vinho” (em virtude do
Deus Baco) acontecem. Não é a típica revista à portuguesa com plumas, quadros
rígidos e tanto mais. Apenas se trata de rábulas divisíveis, sem grandes
cenários. A mudança de figurino, a mudança do timbre da voz e da postura
corporal chegam para transmitir mensagens e risos ao público.
Foram 50 belos minutos. A Eunice fez de Olívia patroa/ costureira, Agostinha, Hermínia Silva e fez o som de vários animais na rábula dos Bonecos de Santo Aleixo. O Miguel fez de Mariza, Adão e Agostinho. O André de Júlia Galdéria e Kátia Guerreiro e o Sérgio fez a rábula do Cubo (feita originalmente pela Ivone Silva), o fadista da Júlia Galdéria, a Velha dos Bonecos de Santo Aleixo e de Amália Rodrigues.
A diversidade das roupas, os risos do público, as palmas, o mudar de voz, a maquilhagem, os improvisos, foi algo maravilhoso. O nosso grupo naquela altura tinha preparado algo sobre a história do Jazz, contos infantis, sessão de poesia, esta peça das rábulas, uma comédia grega e stand up comedy e outras que a memória agora não lembra de cor.
Foi a nossa primeira actuação em Lisboa e não podia ter sido melhor: pelo público, zona, pela simpatia de todos e pela remuneração obtida, valeu muito a pena.
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| Fados no intervalo |
Animação sem parar! :D
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