quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

"O Natal das Bruxas" - 14 de Dezembro, Auditório Ruy de Carvalho

Para animar as crianças do hospital, o Grupo Freya vai presenteá-los com a peça "O Natal das Bruxas" de Isabel Alçada, dia 14 de Dezembro, pela tarde, no Auditório Ruy de Carvalho.

A peça com 3 maravilhosas Bruxas: Rita Maldita, Rosa Maldosa e Conceição Maldição que brigam sem parar e mesmo assim querem um presentinho de Natal!
Pois vão ter com o Pai Natal para exigir prendas. Será que elas merecem? Será que recebem? Tudo pode acontece com a magia do natal. Até mesmo transformar bruxas más em boazinhas? Ou serão sempre assim!
Veremos! :) Para rir sem parar e deliciar todas as idades!


segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Contos Eróticos - 13 de Dezembro de 2013 - Zazou

Dia 13 deste mês de Dezembro, uma sortuda sexta-feira, em Lisboa, no nosso Zazou, vamos fazer uma sessão de contos eróticos, pelas 21h:30. Estão todos convidados! :D

Nesta noite, O Grupo Freya conta com um excerto do livro erótico de Anne Rice, "O despertar da Bela Adormecida", para nos acompanhar durante a sessão. Por esta viagem erótica estabelecida pelo conto, vamos percorrer também a poesia erótica - as palavras a traduzirem o sensual e o sexual e a proporcionarem imagens no nosso imaginário. A junta a isto a música, o ambiente e quiça a dança serão elementos a usar como embelezamento e provocação fantasiosa da nossa libido.

Apareçam, apreciem e, como sempre, convivam e bebam um copinho connosco! A entrada é livre e o espaço acolhedor!

Aqui fica a imagem do nosso cartaz:                        

E aqui a localização:
 https://maps.google.pt/maps?q=zazou+bazar+e+caf%C3%A9&ie=UTF-8&ei=97ylUsyWNYmy7AaQjICICA&ved=0CAoQ_AUoAg

Zazou - Bazar e café - Calçad do Correio Velho 7, Lisboa

Calçada Correio Velho 7, 1100-171 Lisboa ‎
21 888 4277 



sábado, 7 de dezembro de 2013

Noite de terror - 3º Espetáculo no Zazou

O Grupo Freya fez a sessão de contos de terror, dia 31 de Outubro, dia de Halloween, num bar alternativo, na Parede e dia 1 de Novembro fez no nosso amigo Zazou.

A sessão passou pelo famoso poema Corvo de Edgar Allan Poe, traduzido por Fernando Pessoa, outros contos do Poe, de Anne Rice e outros escritos por Sérgio, que se introduziu na escrita terrorífica, mais pela necessidade de colmatar a falta de tempo em ler outros autores do horror para percorrerem esta noite connosco.

A nossa Eunice fez uns passinhos performativos simples, simbólicos de terror, de como quem moribunda anda na vida e o Zé bolachas criou uma letra e uma música espetacular, intitulada "tive de engolir tantos sapos", que em breve se nos for possível, colocaremos aqui!

Fazer uma sessão de noite de terror é assustador, literalmente.. pois o público está sempre à espera de algo incrível que meta medo, mas esquecem-se que hoje em dia, com tanto terror no dia a dia e na TV, fica impossível causar medo só pela escrita ou pelo menos um medo parecido. Pode causar entusiasmo em saber a continuação do conto, surpresa, às vezes nojo, mas aquele medo real, de arrepiar é quase impossível. Claro, se a pessoa souber que aquele conto era mesmo verídico e o encarar como uma experiência vivida por alguém, aí sim, dá medo, o pensar que pode acontecer ao próprio ouvinte. Hoje em dia, sabendo já que aquilo é uma história a pessoa já se prepara mentalmente melhor. No caso do filme, há o susto que toda a imagem promove e ver alguém, ainda que a fingir, a viver aquele drama, dá medo.

O objectivo, sendo assim, é deleitar o público com a escrita, com o enredo, com a caracterização das personagens, criar uma linha coerente para que a consigam seguir e, se possível, haver figurinos que chamem a atenção, que cativem e, melhor ainda, se houver dinâmica, se houver uma contracena, dar vida àqueles contos, sem cair no exagero. É difícil mas com trabalho e gosto consegue-se!

No nosso caso, faltou o cativar mais pelo figurino e pela contracena, pelo dar vida. Fizemos uma sessão de contos, contando. Não digo que foi mau, nada disso, o público gostou, houve interesse do público em ouvir, porém sei que ficaria ainda mais giro dar mais vida. Mas ao serem apresentações ora quinzenais, ora semanais, o trabalharmos em mais coisas do que só nestas apresentações, leva-nos a não fazer tudo, tudo tão bem como gostaríamos.

Próximos contos de terror serão melhorados. :)




Deu-nos imenso prazer ler aqueles contos assombrosos e ver o olhar das pessoas atento para não perder qualquer pormenor que decidisse o rumo da história macabra.
https://www.youtube.com/watch?v=uw2dXrnZ4qY

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Poesia Natural - 2º Espetáculo no Zazou

O segundo espetáculo, no Zazou, foi dia 25 de Outubro pelas 21:30h e teve como título Poesia Natural, tratou-se de uma sessão de poesia dividida em duas partes. A primeira com poemas medievais - cantigas de amigo, amor, escárnio e maldizer. Na segunda parte foi poesia céltica.

Tratámos da poesia com música, dança e, claro, com a palavra dita e cantada.
O Rodrigo, guitarrista, tocava, Lígia dizia poesia, Sofia dançava, Eunice ora dizia, ora canta, ora dançava e o Sérgio dizia e cantava.

Vestidos de preto, uma cor neutra, para não dispersar o público do mais importante, de cara branca, como mimos ou actores do tempo de Molière.

Na poesia medieval passámos não só pelos tempos muito recuados de D. Dinis, por exemplo, como também o poema de Ary dos Santos, que Amália Rodrigues eternizou, nós resolvemos cantar também, por se enquadrar com a temática.

Com a poesia céltica, foram a maioria rituais pagãos, uns daqueles tempos (estima-se), outros mais actualizados do novo paganismo.

O título surgiu porque estes temas vinham da genuinidade, do sentimento espontâneo, do sentir profundo, quando foram feitos. E, claro, porque queríamos que o público naturalmente lesse poemas que tínhamos disponíveis no espaço, ou mesmo deles próprios.

Mais uma vez, bem recebidos, o público participou. Vale sempre a pena fazer o que se gosta!




 https://www.youtube.com/watch?v=-IaCxb_2dzE

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Ensaios e apresentações no Grupo Dramático e Escolar - Os Combatentes

Para podermos ensaiar em Lisboa, foi complicado arranjar um espaço que não nos cobrasse dinheiro.
Por sorte, um colega nosso, o André, já tinha actuado no Grupo Dramático e Escolar os Combatentes e, através do seu contacto, conseguimos ensaiar sempre que precisássemos naquele lindo espaço. O pagamento seria somente uma sessão de poesia pontualmente quando ambas as partes quisessem. Nada nos deu maior alegria do que perceber que ainda há quem perceba que a remuneração, o pagamento, a recompensa pode ser com pequenas acções. E se os artistas tantas vezes fazem trabalhos gratuitos, por que não os espaços também deixarem os artistas ensaiar ou apresentar sem cobrarem?

Deixamos aqui o vídeo da nossa primeira sessão de poesia, n' Os Combatentes., dia 26 de Outubro deste ano.

Os adereços usados foram feitos por três colega da Escola António Arroio, uma escola dedicada às artes. Os nossos colegas estudam exactamente a cenografia, figurinos e adereços para os espetáculos. Guilherme Figueiro, Maria Passô e Mafalda.

Neste dia contámos com a participação do Sérgio e Eunice a dizerem os poemas, da Sofia a dançar e do Rodrigo na guitarra. O título da sessão era Lisboa em Nós, poemas ligados a Lisboa, aos sentimentos, mas que depois a poesia puxaria para outros temas, logicamente. Por fim, o público podia ler poemas seus ou de autores que eles gostassem, o Grupo levou inclusive todos os seus livros de poesia para o publico ler, escolher e ler para todos nós. Acompanhados de petiscos e bebidas, a noite passou-se muito bem e transmitiu-nos calma, bem-estar naquele espaço.




quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

E mais um copinho - vídeos.

Aqui estão os vídeos do "E mais um copinho", primeiro espetáculo no Zazou. Esperemos que gostem!
http://www.youtube.com/watch?v=yVkNrlsZxgU












      http://www.youtube.com/watch?v=if8jPNN_m3U

                                   




Teatro no Zazou - 1º Espetáculo

Durante o Verão, tentámos fazer contactos para vários locais, desde bares, cafés, a escolas, teatros, auditórios, etc...
Um desses contactos bem-sucedidos foi o Bazar & Café Zazou, na Calçada do Correio, nº7, perto da Sé de Lisboa. Esse Café gostava que o nosso grupo apresentasse quinzenalmente, a partir de Outubro, vários eventos artísticos e culturais. Desde teatro, a contos, poesia, música, dança, de tudo um pouco. Apesar de ficarmos à mercê da quantidade e generosidade do público,este espaço tem servido para apresentar os eventos, angariar público, praticar e, sobretudo, filmar e fotografar para editar e, por fim, publicar na Internet o nosso trabalho. Bem sabemos como a nossa carreira, nesta área, vive sobretudo do Marketing, da divulgação, do espalhar a palavra, da imagem e dos meus de comunicação.
O primeiro evento que o Zazou pediu, para "abrir em grande", citando a D. Teresa, dona do estabelecimento, foi a peça já apresentada em Alfama, como escrito anteriormente, "E mais um copinho". Mudámos os actores, alterarmos algumas partes e acrescentámos outras. De um modo geral, a peça ficou mais curta, não só pelo tempo pedido de duração ser menor, como também o espaço não dava aso a certas cenas que em Alfama, em frente ao miradouro de S. Estevão, portanto ao ar livre, dava para fazer.

No primeiro dia a sala estava cheia, a remuneração foi boa e divertimo-nos imenso a fazer aquele trabalho. O contacto com o público é essencial e permite-nos uma maior liberdade e capacidade/ possibilidade de improvisação.

A primeira cena era um espantalho humano: Eunice como cabeça e o Miguel como braços, tronco e pernas. Escondido estava o Sérgio a cantar o fado Oiça lá, ó senhor vinho e boca da Eunice e os braços do Miguel mexiam-se, como se os braços e a voz fossem da Eunice.

A segunda cena foi o Sérgio, vestido de mulher, a fazer a rábula da Olívia Patroa e Olívia Costureira, rábula imortalizada pela actriz Ivone Silva. A personagem era patroa e empregada de si mesma e retratava humoristicamente as lutas entre empregados e patrões após a queda da ditadura, em Portugal.

Na terceira cena, Eunice e Miguel fazem um casal de mendigos bêbados, o Agostinho e a Agostinha (outra rábula imortal, conhecida pelo público mais velho e feita por Ivone Silva e Camilo de Oliveira). Cantando e rindo, maldiziam a crise que o país enfrentava (e enfrenta!).

De seguida, uma cena retirada da adaptação para teatro, do livro Os Possessos de Albert Camus, onde dois russos criticam a falta de interesse pela cultura e falta de vontade em trabalhar para a mesma. Esta cena foi feita por Sérgio e Eunice e já tinha sido introduzido no peça do Grupo, chamada Camoscas, que mais à frente falaremos, apesar de ser mais antiga.


Depois do intervalo, entraram quatro mulheres por todos conhecidas: Hermínia Silva (Eunice), Amália Rodrigues (Sérgio), Mariz (Miguel) e Kátia Guerreiro (Lígia). Quatro fadistas conhecidas, cada uma com o seu estilo e com a sua maneira de cantar, tão própria e tão boa para caricaturar teatralmente. Hermínia com todo o seu jeito brincalhão, corajoso, revisteiro, gingão. Amália, com a sua voz que tanto mudou ao logo do tempo, os seus braços abertos, a sua cabeça descaída para trás abanando e agradecendo. Mariza com o seu timbre único e a sua postura curvada para a frente e de queixo também avançado. E, por fim, Kátia Guerreiro, os seus dedos tão expressivos e a sua boca sempre mais torta para um dos lados . Todas marcam e triunfam na história do fado e foi uma maneira engraçada de as lembrarmos, com frases das mesmas, com diálogos que podiam ter acontecido entre elas e com alguns fados conhecidos, adulterando apenas a letra, para que se tornasse engraçado, algo que por norma é triste.

No fim, todos tirámos as perucas e os sapatos e cantámos o fado "Casa Portuguesa".

Foi uma noite bastante animada, onde todas as rábulas falavam de vinho e convidavam o público a beber, já que o café  serve bebidas ao longo dos espectáculos.

Possam vocês um dia vir ver-nos que com certeza nos vamos todos divertir muito! :)









terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Hino a Pã - Paris

Aqui ficam dois video-audio do que fizemos em Paris.

Em ambos os vídeos é o Sérgio. No primeiro ele diz o Manifesto Anti-Dantas de Almada Negreiros. Apesar do seu tom de revolta, há muito tom de gozo ali, o imitar vozezinhas, o ironizar a falar. Não tem a mesma intenção com que originalmente foi escrito e dito, título de revolta contra o estado da cultura e da arte, mas tem sim (acrescentando a essa intenção) o ironizar a maneira de dizer de certas épocas ou de certos actores.
Em suma, Sérgio critica o estado da cultura e arte, mas também, em algumas partes, gosta de criticar a maneira como muitos "recitam".

Num segundo audio, é o poema é o Hino a Pã de Aleister Crowley, traduzido por Fernando Pessoa. Já aqui publicado e falado sobre ele
Aproveito para voltar a incentivar a pesquisares sobre estes videos e os autores. :)


domingo, 1 de dezembro de 2013

"Lisboa, menina e moça!"

Chegámos a Lisboa... O primeiro sentimento, além da ansiedade, é o sentimento de ter o mundo à nossa espera, à nossa frente. Sabíamos que havia muito trabalho a ser feito, mas tínhamos de arregaçar as mangas e trabalhar!

Em primeiro lugar, havia a necessidade de ter algum part-time, que fosse sempre do nosso agrado (temos o péssimo hábito de que se é para trabalhar então que seja em algo que gostemos). Esse part-time servia para juntarmos dinheiro e investirmos no grupo, enquanto não tínhamos apresentações, pois em Lisboa a oferta era muita e a procura pouca, por vezes.
O Sérgio conseguiu logo ir dar aulas de Português (o seu enorme gosto, experiência e uma outra formação dele) a alunos do 3º ciclo, em Arruda dos Vinhos, uma vila a 90 minutos de Lisboa. A Eunice conseguiu ficar a dar aulas de música na mesma vila.
Apesar de trabalharmos lá, houve a decisão de arranjar casa em Lisboa para ficarmos no centro dos acontecimentos e avançarmos com o grupo.

A par do part-time, procurámos actores para começarmos a trabalhar em projectos e vender esses projectos. Em Março chegámos, arranjámos trabaho, em Abril começámos os ensaios com os actores. Todos os dias estavam preenchidos. Começámos a fazer contactos e em Maio a Junta de Freguesia de Alfama - S. Estevão pediu-nos dois espestáculos: um para o Dia da Criança e outro para o Dia do Vizinho.

Para o Dia da criança foi requerido pinturas faciais, modelagem de balões, contar histórias e jogos. E assim o fizemos. O André pintava as caras das crianças com os mais divertidos bonecos que pediam, o Miguel fazia jogos e animava-as, Eunice modelava balões e cantava e dançava com eles e o Sérgio contava histórias, rodeado de crianças a pedirem mais e mais livros para ler.

Usámos figurinos engraçados: André de pirata, Miguel de anão (o Miguel é enorme!), a Eunice como palhaço e o Sérgio como Napoleão Bonaparte. Foi sem dúvida uma mistura de Carnaval e de Dia da Criança, mas todos adoraram porque ser criança tem mesmo de ser essa eterna festa de máscaras e de Carnaval. Todas as escolas primárias daquela zona estiveram connosco numa manhã de alegria!

O dia do vizinho foi nessa tarde. A Junta de Freguesia pediu-nos um projecto chamado "E mais um Copinho". Quatro atores acompanhados por música ao vivo, ou não, dão corpo e voz às várias rábulas conhecidas pelo público, onde prestam homenagem a artistas como Ivone Silva, Camilo de Oliveira, Hermínia Silva, entre outros. Onde o fado, o teatro, um pouco do repertório dos Bonecos de Santo Aleixo, a crítica e o tema “o vinho” (em virtude do Deus Baco) acontecem. Não é a típica revista à portuguesa com plumas, quadros rígidos e tanto mais. Apenas se trata de rábulas divisíveis, sem grandes cenários. A mudança de figurino, a mudança do timbre da voz e da postura corporal chegam para transmitir mensagens e risos ao público.

Foram 50 belos minutos.  A Eunice fez de Olívia patroa/ costureira, Agostinha, Hermínia Silva e fez o som de vários animais na rábula dos Bonecos de Santo Aleixo. O Miguel fez de Mariza, Adão e Agostinho. O André de Júlia Galdéria e Kátia Guerreiro e o Sérgio fez a rábula do Cubo (feita originalmente pela Ivone Silva), o fadista da Júlia Galdéria, a Velha dos Bonecos de Santo Aleixo e de Amália Rodrigues.

A diversidade das roupas, os risos do público, as palmas, o mudar de voz, a maquilhagem, os improvisos, foi algo maravilhoso. 
O nosso grupo naquela altura tinha preparado algo sobre a história do Jazz, contos infantis, sessão de poesia, esta peça das rábulas, uma comédia grega e stand up comedy  e outras que a memória agora não lembra de cor.

Foi a nossa primeira actuação em Lisboa e não podia ter sido melhor: pelo público, zona, pela simpatia de todos e pela remuneração obtida, valeu muito a pena.



Fados no intervalo








 Animação sem parar! :D


https://www.facebook.com/freya.grupo

Aujourd'hui, mes amis, Paris!

Como prometido, hoje falaremos sobre a nossa estadia em Paris.

A ida a Paris ocorreu por diversos motivos: em Évora as coisas não estavam a correr bem, para quem acredita, parece que o mundo estava a enviar sinais cada vez mais fortes para irmos embora. A nossa colega do Grupo Freya, que também fez grupo connosco no projecto de fim de semestre abandonou-nos 4 dias antes da estreia na faculdade com esse mesmo projecto de semestre, sem falar connosco; tínhamos um enorme projecto para concretizar - explorar um café em Évora, fazendo daquilo também um espaço para espetáculos, não deu certo devido a burocracias e devido à velhice da senhoria; e além de estarmos cansados da rotina, de alguns problemas com o curso e com algumas pessoas de lá, tínhamos falta de dinheiro e em Évora não dava para ganhar na nossa área tão bem como desejávamos (já se tinham passado 2 anos após a formação do grupo).
Por todas essas razões e com a infelicidade que sentíamos resolvemos mudar de vida, cortar as amarras do passado. Queríamos vir para Lisboa, começar a trabalhar mais, a investir mais e a aprender outras coisas que Évora não ensinava.

Passear e estudar áreas de actuação. Sérgio com o seu antigo cabelo branco.
Antes da mudança lisboeta, precisávamos de sentir algo de muito diferente, um extremo oposto daquilo que vivíamos. Descansar, aproveitar, conhecer, arriscar. A ideia surgiu de voar até Paris, sem saber quanto tempo ficar.
Tratou-se de tudo, pedimos dicas a uma ex-professora e amiga do Sérgio, dos tempos da escola secundária e lá fomos nós.
O Sérgio estava nervosíssimo, nunca tinha andado de avião! A Eunice estava entusiasmada (tão entusiasmada que até dormiu na viagem!) Tudo correu bem e tudo correu como era esperado correr, inclusive o taxista chinês ter-nos cobrado 65 euros do aeroporto até ao hotel.

Ficámos hospedados numa zona de estudantes, onde tudo é mais barato. Conseguíamos refeições até mais baratas que em Évora. E livros..... 0,25 cêntimos... (não eram novos, mas estavam em maravilhoso estado), DVD'S a 3 euros (originais, novinhos), em cada esquina um cinema com a sua temática, teatros, monumentos (aqueles que todos já conhecemos de ouvir e mais e mais).

Podia aqui falar de muitas maravilhas, mas o tema não é esse, mas referi-las não custa: a simpatia das pessoas, a energia nos espaços verdes, as músicas francesas que nós não ouvimos por aqui, as casas e prédios de uma pedra linda, os seus telhados. Tudo parecia mais vivo e entendo perfeitamente que o facto de se ser turista exponencia tudo e nos leva a ver o paraíso, onde para os habitantes de lá deve ser um caos. Claro que também existem stress, poluição e tudo o que de mau há nas grandes cidades, mas uma pessoa de fora tende a olhar para o melhor.

1º jardim onde cantámos, que frio! Sophie.
O que fazer para não falir e ganhar algum dinheiro? Aposto que todos os nossos leitores têm interesse nesta resposta, mas vos garanto que foram golpes de sorte amigos, não há aqui só talento, não aqui contactos, não aqui empenho ou luta, há sim sorte ou, para quem acredita, destino. Experimentámos cantar na rua - deu certo. fado na rua, franceses na rua, dinheiro no chapéu. poesia nos jardins - certíssimo. poesia em várias línguas, um pouco de flauta e franceses nos jardins - dinheiro no chapéu. Fizemos também algumas mini-cenas, diálogos de teatro nesses jardins e praças, conseguimos fazer algumas coisas também para emigrantes portugueses e ainda algumas actuações num cafezinho (que se calhar, indo lá de novo, já não sabemos onde fica). Mas sempre, sempre havia público e havia dinheiro, o que nos aliviou a alma por compreender que o público ir ver-nos e dar-nos dinheiro só acontece em determinados sítios e que o mal talvez não estivesse em nós (ou só em nós), mas sim em Évora.
Aqui o difícil era inovar em pouco tempo, ensaiar bem em pouco tempo, pois fomos para lá sem nada preparado e tínhamos, ou queríamos, apresentar todos os dias algo novo. Havia actuações que não foram das melhores devido à falta de tempo e também aos pouco materiais ou quase até inexistentes. Mas em geral todos gostaram e nós adorámos, correu tudo bem, numa média final.

Um mal que já está a ser curado (e este blog é uma das provas disso) é o descuido em divulgar, registar, filmar e fotografar, temos sidos desleixados porque temos deixado tudo correr e apahado as oportunidades e Paris não foi excepção.
Temos recebido algumas filmagens caseiras de certos portugueses que nos viram e temos tentado editá-las e publicá-las.

Passaram-se lá quase 3 semanas, uma experiência óptima, algum dinheiro no bolso, mas a vida tinha de continuar. Aquela sensação que o tempo parou, mas não parou, apenas estamos parados, no hotel a ganhar dinheiro para nos manter e juntar algum, mas sentimos e sabemos que não podemos continuar assim porque não estávamos a evoluir, nem a aprender nada. Decidimos ir a Évora buscar tudo e ir investir no Grupo Freya para Lisboa. Era um risco que tínhamos de correr e ainda bem que o fizemos, sentimos que tudo estava a acontecer no jeito certo. E aqui chegámos em Março deste ano, em vez de ser com "uma mão à frente e outra atrás" era com muitas malas à frente e muitas malas atrás.

Paris ficou para lá do avião, mas não esquecida, queremos lá voltar, quiça ficar mais tempo. Veremos o que acontece no futuro. ;)
Hino a Pã, de Aleister Crowley, traduzido por Fernando Pessoa. Sérgio diz este poema como um ritual que vai crescendo. Começa como murmúrios e segredos e acaba como uma exortação ao deus Pã. Pesquisem sobre Pã e claro sobre o autor, um grande mestre do ocultismo e da metafísica.


Vamos começar a deixar em cada post nosso o nosso link do facebook do nosso Grupo, para se atualizarem e falarem mais directamente connosco! Até amanhã! https://www.facebook.com/freya.grupo

sábado, 30 de novembro de 2013

Próxima Paragem...

Depois da primeira estreia do Grupo Freya, em Évora, o grupo foi mudando.
Em primeiro lugar, tinha ficado claro com os mimos e com os cupcakes que o grupo não iria passar apenas pelo teatro, não seria só mais um grupo de teatro.
Na verdade, nunca tivemos a intenção de fazer apenas teatro, todos tínhamos outras artes, outros gostos e experiências.

Por exemplo: a Eunice já tinha frequentado uma licenciatura em música, em flauta de bisel, andou anos no gregoriano, danças de salão e depois veio o teatro, mas não seria por isso que iria descurar das outras valência.
A Filipa já tinha estudado e praticado desenho e pintura e gostava (e sabia) dançar.
O Sérgio tinha um amor enorme ao fado e gostava de o cantar, assim como desde pequeno que escrevia e... porque não aproveitar isso?

Entre outros casos: Rui fazia B.D., a Sandra cantava, a Olena tocava piano, cada um praticava outras artes, então vamos incluí-las no grupo!
E assim foi.

 Três anos de faculdade, cada Verão era feira de S. João, mudava as peças, mudava a atuação dos mimos mas o gosto em continuar a fazer algo na rua estava lá.
Fomos actuando onde fomos chamados, às vezes eramos mais, outras vezes menos. Tínhamos membros que precisavam de se dedicar mais ao curso, deixaram de trabalhar tanto connosco, outros entravam.

Escolas, teatros, auditórios, rua, fosse Natal, Páscoa, Halloween, ou só porque sim, porque gostavam de nós, porque surgia a oportunidade, lá íamos actuar.

Não era uma correria, ou seja, não tínhamos espetáculos sem parar todos os dias, até porque tínhamos o curso, o grupo não tinha tempo e estabilidade para isso e, claro, por todas as condicionantes e obstáculos na cultura e arte no nosso país, ainda para mais Évora, muto pouco dinâmica, população maioritariamente idosa, um clima de inércia que ali se mantinha, digamos.

No último ano da faculdade tudo deu uma enorme volta e ninguém poderia supor que nada ia ser como dantes...

Favorecia-nos o facto de que o Pólo das Artes (excepto música) tinha aulas no mesmo sítio, todos vizinhos, mesmo havendo alguma distância psicológica entre os cursos. Por isso, resolvemos enviar um e-mail geral, dirigido a todos os alunos de artes, a pedir músicos, pintores, escultores, arquitectos, designers, toda a arte existente ali e até pessoas das letras.
Os músicos Ana Botelho, Margarida, Nelson e João

Com alguma aderência, dava para juntar todos e não ter de seleccionar e excluir ninguém, algo terrível de se fazer, quando todos são óptimos profissionalmente e humanamente .
Delineámos vários projectos para fazer, juntámos contactos e tentámos caminhar num caminho mais "sério", quer dizer, ensaios recorrentes, tentar ter sempre apresentações e ganhar mais dinheiro com o nosso esforço.
Foi difícil, terrível até, pelos mesmo motivos supra mencionados.

Há alunos que precisam de estudar mais, ou porque têm ritmos diferentes ou porque lhes é exigido mais estudo por parte de alguma cadeira e professor e há que respeitar. Évora não paga a artistas (o país quase todo, mas estávamos em Évora, não me posso referir a outros locais), Évora demora muito tempo para tratar de burocracias e nós somos também arrastados para o pessimismo e para a inércia. Energia atrai energia - lei da atracção. Um ambiente inerte durante muito tempo, não há dinamismo nem defesas que prevaleçam.
Houve projectos deixados para trás, houve projectos apresentados (ou pelos menos os artistas estavam lá para apresentar) e não havia público, houve colegas que desistiram (uma em especial que ainda hoje estamos para saber o que se passou), enfim, coisas normais de quem começa alguma coisa. Nada, nem ninguém é perfeito.

Houve muita coisa boa, muita aprendizagem, muito trabalho: sessões de poesia, teatro de revista, demos aulas de teatro, Halloween, madrigais, teatro, dança, performance, Carnaval, dinamizámos festas religiosas, trabalhamos com idosos, crianças, escolas Secundárias, Teatro Garcia de Rezende, com a Câmara Municipal, no Palácio D. Manuel, na Casa da Zorra, enfim, uma panóplia de locais e projectos que deram certo.

Tudo tem um tempo e um espaço para acontecer e tudo tem uma validade para durar.
Chegara o momento de mudarmos de vida, o grupo mudar de ares. Claro, esta mudança implicava deixar membros que ainda precisavam de ficar em Évora, mas outros partiram juntos. Os diretores Sérgio e Eunice partiram de Évora e até mais tarde vieram a encontrar colegas de Évora de outros cursos de artes, em Lisboa, prontos a colaborar com o Grupo.

Por outro lado, gostamos de pensar que o grupo separa-se, mas de quando em vez cruzamo-nos nos trilhos da vida como chegou a acontecer para trabalhar e conviver e, afinal, todos continuam Freya, o grupo prolifera, reproduz-se, dinamiza vários pontos do mundo (sim do mundo! saberão a seu tempo!) e todos, os que gostarem e quiserem são Freya. Sempre gostámos da ideia de comunidade, família, laços.

Antes de virmos para Lisboa, demos um saltinho até Paris... Mas será uma próxima conversa a termos convosco! ;)

Próxima paragem: Paris :D

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Mãos à Obra!

Decidimos começar com nada mais, nada menos do que William Shakespeare! Complicado? Impossível? Difícil? Provocador?  Má escolha? Desafiante? Boa pontaria? Bom, chega de interrogações retóricas. O autor é dos melhores, nutríamos e nutrimos um grande amor por ele e resolvemos avançar pouco a pouco, pois não havia prazos de apresentação.

A peça escolhida foi a comédia The taming of the shrew - A fera amansada.

Filipas, Rui, Sérgio, Sandra, a tentar amansar a fera
Em Évora foi fácil arranjar um local para ensaiar, gratuitamente e gentilmente. Por ter o Sérgio feito teatro amador na Sociedade Recreativa e Dramática Eborense, o contacto estava criado e as portas abertas.

Lemos e relemos, relemos e lemos, jogávamos com a cena, inventávamos infinitas maneiras de abordar o tema. Apesar de passado um ano começarmos a ouvir e a ver esta ideia muito usada, o conceito de Cabaret foi divertido de encenar e brincar com ele e não tínhamos ainda visto ninguém colocá-la da maneira que estávamos a colocar. Isto sem querer afirmar que a ideia era original e nova, nada disso, e tínhamos perfeita noção que alguém, em alguma parte do mundo já a tinha feito. Mesmo assim avançámos.

Neste começo ainda não tínhamos a visão global de ganhar já dinheiro, de como vender um projecto e outras tantas coisas que no mercado de trabalho é preciso ter em conta. Apenas disfrutámos dos ensaios, das reuniões, do rir e jogar em cena.
Sérgio, Vivi, Olena, Rui - a fera que ficou por amansar

Todavia, estamos a findar Maio e quase com um pé em Junho, que calor em Évora! Já se sente a subida de temperatura. É costume, todos os anos, realizar-se a Feira de S. João em Évora. 
Uma boa oportunidade surgiu para mostrar o grupo e o nosso trabalho, ou vontade em o ter, e de longe A fera amansada estava amansada!

Tratámos de tudo para participar na feira e que nos foi pedido, além de num dia específico fazermos uma peça de teatro, foi para fazermos de mimos pelo recinto da feira, incentivando o público a dirigir-se ao espaço jovem, um espaço destinado às produções artísticas e culturais dos jovens da cidade.

Aceitámos o desafio. Tal como foi escrito no primeiro post, a tendência deste grupo, desde início, sempre foi a de aceitar os desafios propostos e equilibrar a vontade do desafiador com a nossa vontade.

A juntar à nossa momice feirante, resolvemos cozinhar deliciosos e lindos cupcakes e vendê-los na feira, enquanto mimos. Ideia que fez um sucesso enorme. Éramos já 10 na altura e vendíamos cupcakes de tarde e de noite até ao acabar da feira desse dia. E de madrugada ou de manhã fazíamos mais e mais e mais.
Era uma animação mimar a feira e colocar em prática a área da confeitaria. Já nem nos lembramos o porquê dos cupcakes...

Escusado será dizer que A fera amansada ficou por amansar, não havia tempo para trabalhar bem na peça e não valia a pena fazer algo à pressa e correr o risco de sair mal.
Resolução: Cada um andava a trabalhar monólogos e diálogos nas aulas de voz da faculdade e resolvemos levar alguns


para apresentar na feira. Correu tudo bem, como sempre corre. O que foi um pouco mau é amenizado pelo que foi um pouco melhor e tudo equilibra.

O jogo cénico
Com muita pena nossa, não voltou a surgir a oportunidade de voltar à fera nem ao Shakespeare. Mas... ele está à nossa espera, sabemos disso, não fugirá de nós se tivermos de o fazer através do grupo.

Esta foi a primeira apresentação do Grupo Freya ao público, algo que nos deu muito prazer a fazer ao longo de dez dias e que deu muitos frutos: laços de amizades mais aprofundados entre os colegas e o público, divulgação, experiência, cansaço, divertimento, dinheiro, não podíamos ter sido melhor introduzidos em Évora.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

E começámos a definirmo-nos...

Deusa Freya
Estando os 8 membros juntos, havia coisas a decidir: nome do grupo, que tipo de estrutura seria a nossa, quem ficava responsável pelo quê. E nunca esquecendo que frequentávamos a universidade ainda.

Pesquisámos e informámo-nos sobre tudo o que deveríamos saber... sabíamos já que o estatuto de associação encaixaria em nós, mas também não era tão importante assim nos primeiros tempos e em Évora, cidade pequena, íntima, onde para apresentar e ser-se conhecido não é necessário a priori ter um estatuto oficial. Grupo ficou.
Apenas em Lisboa é que houve a necessidade de falar do nosso grupo e de o oficializar como Associação, associação de arte e cultura, por considerarmos todo o leque de actividades que fazemos, do teatro à confeitaria, da música, às terapias alternativas, da dança à poesia, como pertencentes à nossa arte, à nossa cultura.

Que nome? Neste grupo estava presente o gosto pelo teatro, música e pelo alternativa e metafísico. Claro que todos tínhamos e temos muitos mais gostos e pela arte em geral, no entanto estas três áreas eram recorrentes no nosso dia-a-dia.
Ora, foi exactamente o metafísico, melhor falando, a mitologia que nos safou! Depois de uma manhã, tarde, noite e madrugada a pensar, inventar e pesquisar, demos de caras com um livro de mitologia e runologia nórdica do Sérgio e por acaso, ou não, encontramos a Deusa Freya.

Quem é Freya? Freya é a Deusa nórdica regente da arte, do amor, do sexo, da guerra, da feminilidade, da fertilidade, da magia, da vida, da morte, da sedução e do erotismo. Viaja entre mundos com a capacidade de se metamorfosear.
Condutora das Valquírias, dava a inspiração a artistas e dignificava-os. Personificação das forças da natureza, era considerada a mais brilhante e gloriosa das deusas. Representa e traz a prosperidade e bem-estar a quem a venera. É a senhora da magia, das profecias, da necromancia e da adivinhação.

Claro, surge aqui também um pensamento, que pode ser visto como feminista ou apenas humano e natural, de que há a força da mulher para criar e gerar, a sensibilidade desta, a instabilidade (por vezes) emocional e hormonal, ligada às marés e à lua, tal como a veia do artista que tem picos de euforia e de depressão. E, sendo assim, teríamos uma figura feminina, no logo do nosso grupo, a representá-lo.

Por fim, Freya costuma ser representada a voar, na sua carruagem, conduzida por gato, símbolo de carinho, sensualidade e fertilidade. Diz a lenda que por a ter servido tão bem, os gatos, passados 7 anos, foram transformados em bruxas, que podiam sem gatos pretos sempre que quisessem.

Por todo este mundo tão mítico, tão artístico, tão teatralmente rico em ideias e por possuirmos todas as palavras destinadas a Freya no nosso íntimo e do nosso interesse, assim ficámos como Grupo Freya!

Deusa Freya a ser conduzida pelos seus gatos




quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Como tudo começou...

Certa tarde, numa fila infindável, de um pequeno Pingo Doce em Évora, Sérgio das Neves e Eunice da Silva, dois alunos da Licenciatura em teatro esperavam comprar o seu jantar.
Esse jantar, por mera curiosidade, seria tudo, tudo, menos carne, Eunice da Silva ja nessa altura percorria os caminhos não carniceiros da vida e Sérgio das Neves, pouco ligando a carnes, acompanhava-a.
"Viagem pelo amor" - Ricardo, Salomé, Sérgio

Maio de 2011, há 8 meses que se conheciam e que tinham criado laços de amizade profundos, laços fraternos. Tanto no trabalho como na vida pessoal, faziam uma boa dupla.

"E mais um copinho" - Eunice, Sérgio, André, Miguel
Nessa interminável bicha, Sérgio, pensador nato, calculista  sem fim, indagador de meios de sobrevivência e vivência, introduz na Eunice a ideia de criar um grupo de teatro, algo deles e que para eles fizesse sentido, de acordo com os seus gostos e experiências. Não obstante do amor à arte e cultura, a ideia era mesmo viver disso, ganhar dinheiro, enfrentar os problemas das crises colocadas pelo século XXI, criar o seu próprio emprego. Algo desafiador, não só pela parte do criar algo, mas também pela área em questão.

Eunice, uma entusiasta das ideias, um poço de emoção e sensibilidade, uma inteligência rara, anuiu, assentiu, concordou, aceitou, gostou, amou e ainda foi mais longe! Aquele jantar, aquela fila já nada significava depois da chama ateada!
"E mais um copinho" - Sérgio, Lígia, Miguel, Eunice.

Vai de sair daquele cansativo Pingo Doce, correr para casa e pensar em tudo. Em tudo e em todos, teatro como gostamos é com mais de dois!

E assim começou, nasceu, rebentou o Grupo Freya. Entre amigos íntimos, colaboradores especiais, sintonização de gostos por determinado modo de trabalhar, agruparam-se inicialmente 8 pessoas para cogitarem que peça começar a fazer, onde apresentar, como se procede e processa tudo neste ofício.

Eunice - Dia da Criança
Depressa percebemos que não íamos poder escolher sempre o que queríamos fazer, mas sim responder sempre positivamente aos convites e desafios para os mais diversos projectos, nas mais variadas estruturas.

Hoje em dia, continuamos a equilibrar o que querem que a gente faça e o queremos fazer.
Mimos: Suzana, Francisco et Raimon
Quantos somos? Já não sabemos... Fixos, móveis, passageiros que foram para outros destinos, gostamos de pensar em nós como uma comunidade, uma família, onde se estabelcem laços, mas a obrigatoriedade em permanecer na nossa casa, sob a nossa alçada é nula. 

"Noite de terror" - Sérgio, Eunice, Zé Bolachas
Nascidos em Évora, enquanto grupo, curta estadia em Paris, residimos em Lisboa. Trabalhamos onde o vento nos leva a trabalhar...

Fiat Lux! E assim se fez luz e assim se fez o Grupo Freya, e assim se fez, passados dois anos e meio, este blog e este post.

Vamos escrevendo aqui a nossa infância, enquanto grupo, até a esta fase de vida, seja ela qual for, que não carece de rótulos.

Eunice, Luís, Teresa, Sérgio, antes da peça "Hum, Hum, Hum"
Esperemos que gostem, que nos acompanhem, que se divirtam e que nos conheçam e criem laços connosco!
Rodrigo, Sofia, Eunice, Sérgio, Ligia, no fim de "Poesia Natural"


Haloween 2012 - Ana Cta




Halloween 2012 - DJ Fred
                       QUE SUSTO!!


Halloween 2012 - Eunice, Vivi
Halloween 2012 - Ana, Sofia, Margarida
Homens-estátuas - Eunice, Vivi